O PAPEL DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA MINHA ÁREA DE PESQUISA
“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que num determinado momento a tua fala seja a tua prática”. (Paulo Freire)
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs (1997), que são um referencial de trabalho que visa transformar a educação física, torna-se fundamental mudar a ênfase na aptidão física e no rendimento padronizado, tendo a educação física que ser mais abrangente, contemplando as dimensões de cada prática corporal, podendo sistematizar situações de ensino e aprendizagem, garantindo aos alunos acesso ao conhecimento prático e conceitual, mostrando um trabalho que incorpore a afetividade, o cognitivo e dimensões socioculturais dos alunos.
A educação a distância é um recurso de incalculável importância como modo apropriado para atender a grandes contingentes de alunos de forma mais efetiva que outras modalidades e sem riscos de reduzir a qualidade dos serviços oferecidos em decorrência da ampliação da clientela atendida. É importante observar que a educação a distância não pode ser vista como substitutiva da educação convencional, presencial. São duas modalidades do mesmo processo. A educação a distância não concorre com a educação convencional, tendo em vista que não é este o seu objetivo, nem poderá ser.
Esta modalidade de ensino não pode ser encarada como um remédio para todos os males da educação brasileira. Há um esforço muito grande dos educadores e pesquisadores da educação em mostrar que os problemas da educação brasileira não se concentram somente no interior do sistema educacional, mas, antes de tudo, refletem uma situação de desigualdade e polaridade social, produto de um sistema econômico e político perverso e desequilibrado. Certamente que a educação, nas suas mais diversas modalidades, não tem condições de sanear nossos múltiplos problemas nem satisfazer nossas mais variadas necessidades. Ela não salva a sociedade, porém, ao lado de outras instâncias sociais, ela tem um papel fundamental no processo de aproximação da cultura, da autocrítica e na construção de um processo civilizatório mais digno do que este que vivemos.
Nesse sentido, a educação a distância pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento educacional de um país, notadamente de uma sociedade com as características brasileiras, onde o sistema educacional não consegue desenvolver as múltiplas ações que a cidadania requer. Democratização do saber¬ passo fundamental nesse sentido é dado pela educação formal, na medida em que possa conseguir garantir mínimas condições de acesso à cultura a milhões de cidadãos, principalmente através da universalização do ensino básico (meta constitucional a ser atingida, CF art. 214). Contudo, isto não basta. Em um mundo que vive sob constantes transformações e mudanças, o acesso às informações sistematizadas e às formas de capacitação para a tomada de decisões independentes e autônomas, requisita ações que vão além das fronteiras da educação formal.
No campo da educação não ¬formal e informal, a educação a distância pode desempenhar papéis múltiplos, que vão desde a atualização de conhecimentos específicos, até a formação profissional. Além disso, por meio de procedimentos adequados e sistematizados, pode a educação a distância contribuir sobremaneira para que o acúmulo de informações assistemáticas jogadas ao público através da mídia, seja processada de forma organizada, contribuindo para o fortalecimento de uma mentalidade crítica e criativa, rompendo a barreira da passividade muitas vezes provocada por processos manipuladores de opinião pública.
Mais que substituta da educação presencial a educação a distância, no Brasil, pode ser utilizada como forma complementar de educação, atualizando conceitos e conhecimentos, auxiliando na permanente tomada de consciência dos profissionais sobre os avanços promovidos em suas áreas específicas e, principalmente, gerando processos continuados de acesso ao conhecimento acumulado pela humanidade a milhões de cidadãos.
De acordo com Decreto 5.622/05, a educação a distância é uma modalidade educacional onde a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino-aprendizagem ocorre através da utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, como a internet e os ambientes virtuais de aprendizagem, por exemplo, em lugares e tempos diversos. Pensar que tipo de qualidade e formação, implica automaticamente refletirmos e analisarmos, essa concepção deve estar clara para que o mesmo não se baseie em teorias vãs ou que não condizem com a realidade proposta.
A psicomotricidade alcança um novo campo conceitual quando olha alem do corpo orgânico e expressivo, acreditando na estreita ligação entre o desenvolvimento da motricidade, da inteligência e da afetividade. Dada relevância sobre o tema em foco, o papel da educação à distância e promover reflexão sobre os benefícios da prática da atividade física, bem como identificar possíveis problemas psicomotores que possam interferir no processo de aprendizagem. Sabendo que hoje a atividade física não resulta apenas em exercitar ou disciplinar o corpo, pois o mesmo encontra-se vinculado com a mente num contexto sociocultural. O movimento e a vida mental não são duas realidades, pois até para se pensar implica em uma atitude e para todo movimento implica uma vivência cerebral. Os objetivos da educação física assim como qualquer outra atividade física é trabalhar de forma harmônica o corpo e a mente, havendo um equilíbrio entre o que o corpo expressa e a mente pensa. Assim, para que o trabalho do profissional de educação física possa contribuir com a efetivação do processo de ensino e aprendizagem, devem-se ampliar as dimensões de conhecimentos, pesquisas e trocas de informações, a Educação a Distância tem o seu papel, levando em conta seus interesses e necessidade para obtenção de respostas.
Deve-se ter em mente que as informações obtidas através de pesquisas, estudos, palestras e cursos, presencial ou não, é importante e vêm alertar pesquisadores, médicos, terapeutas e educadores quanto à existência de diferentes padrões no desenvolvimento e quanto à necessidade de conhecimento dos padrões da população em que se atua, evitando interpretações equivocadas de testes motores e falhas no diagnóstico de desvios, atrasos ou precocidade no desenvolvimento motor.
Professor: Leonires Barbosa Gomes
Especialista em Educação Física Escolar
CREF 979 G/DF CBAt 598 Nível I
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 10/08/2010