SAUDADE
Saudade, punhal de corte prolixo,
Que, aguardamos no bater da porta,
Da pessoa, que mais nos importa,
E, que um dia partiu, sem nexo.
Saudade, dos beijos, em anexo,
Que, você desejou de mim...
Restou apenas, o perfume do sexo,
Por que, você quis assim.
Saudade, expressa em anseios,
Sem tradução, imposta, aparente!
Que não deixa formas, outros meios,
Só um sentimento, incoerente.
Saudade, de um desejo incessante...
Da cumplicidade, dos nossos ideais,
De um fulgor, de velhos amantes...
Um marujo errante, e a moça do cais.
Saudade, dona do mistifório, sensível,
Que temos que sentir, impassível...
Diante de toda consternação, invisível,
Nas cabeças impensantes, dos mortais.
Saudade, do imenso tempo, além...
Dos, que choram pelos cantos,
Aguardando, os que nunca vêm...
Ficando apenas agouro, os prantos.
Saudade, de efeitos e lamentos,
Delineados em corpos desnudos,
Senhora de breves momentos,
Soberana dos dois mundos.
Saudade, que agora gera cantos,
Para a alegria, por fim restabelecer,
Fazer renascer, outros tantos,
E desejos complexos, reflorescer.
Saudade, que tenho de você?
Que você sente por mim!
Só não podemos nos vê?
Por que você quis assim!
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 30/01/2012
Alterado em 03/07/2017