Textos
SEGREDO
Nas segundas, quartas e sextas.
Parecia sagrado
Percorrer a campina
Mesmo sem ter nada pra fazer.
Fingia que apreciava passarinho
Que olhava o gado
Que estava sozinho
Mas era pura enrolação.
O que predominava era
A batida forte do coração
A morena linda
Matrimoniada
Marido viajante sem muito instante
Sempre ausente dos desejos.
Como não percebiam,
Uma mulher errante
Um garoto insinuante
De aflorados ensejos,
Percorrendo um mesmo caminho
Procurando um ninho no prado.
A goiabeira vegetou-se utópica
Esteando bananeiras
Improvisando o tálamo.
O encontro era tropical
De paixões e desejos
Entre olhares, abraços e beijos.
Que não sei contar.
Quanto tempo ainda desfruto
Deste pecado letífico
Entre as coxas da rapariga
Desvestindo um indumento de chita
Partilhando um sorriso de prazer.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 23/04/2012
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