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LÉO PAJEÚ LÉO BARGOM LEONIRES
Poesias e Contos, Sentimentos e Versos, Sonhos e Visões de um Premonitor.
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Textos



DUENDE NEGRO

 
CAPÍTULO V
 
 HOMICÍDIO NA FEIRA DOS IMPORTADOS
 
          Em uma sala reservada, uma reunião estava acontecendo para resolver problemas de uso dos quiosques da feira dos importados. A noite estava fria após uma leve chuva que deixou ruas molhadas e pouco movimento por perto da feira.
         Leandro durante a reunião chamou Pedro atenção alegando que era de sua responsabilidade o que estava acontecendo com o controle dos quiosques da feira.
          Pedro matinha a cabeça baixa, apenas balançando afirmando tudo que Leandro falava como se estivesse com bastante medo.
         Leandro usando de sua autoridade fazia ameaças a Pedro chamando dois capangas para segurá-lo.
         Pedro tenta se esquivar, mas sua tentativa é em vão. Os dois capangas brutamontes o segura e faz com que ele se contorça de dor.
         Os outros que estavam presentes a reunião só observavam os acontecimentos, nada faziam, nada questionavam, estavam todos com medo da ação de Leandro e seus capangas.
         Leandro em uma conversa bem próxima do rosto de Pedro faz perguntas sobre Tiago:
     - Você ficou de trazê-lo aqui? Onde está aquele pilantra? – Diz Leandro intimidando Pedro.
     - Tiago prometeu que viria para explicar o que está acontecendo? Ele vai chegar com certeza! – Diz Pedro sendo pressionado pelos dois capangas brutamontes.
     - O chefe não vai perdoa-lo, se não vier não tem mais salvação, será eliminado. – Diz Leandro com a mão nos pescoço de Pedro o enforcando enquanto os dois capangas o segura.
          Tiago que chegava desconfiado andando pelos o canto mais escuro dos quiosques já desconfiado pelo o que poderia acontecer para e se esconde tentando ouvir as ameaças de Leandro.
         Pela a situação encontrada as coisas não estão, nem vai ficar boa, pois neste instante Leandro desfere um golpe na altura do estômago de Pedro que se contorce de dor.
     - Estou avisando, o chefe não vai deixar nada passar em branco, se você não trouxer Tiago até nós, vamos começar por sua família. – Diz Leandro ameaçando Pedro que se contorce de dor.
     - Por favor? Minha família não? Eles não têm nada a ver com isso. – Diz Pedro implorando para que Leandro deixe sua família em paz.
     - É ordem do chefe, eu só cumpro suas ordens. Tiago já está na lista, o chefe não vai perder o domínio dos quiosques para este bando de chinês, nem que tenha que matar um por um. – Diz Leandro demostrando cólera e horror em seu olhar tenso para Pedro.
         Um barulho chama atenção de Leandro e seus capangas. Tiago ao tentar fugir acaba caindo sobre um latão de lixo chamando atenção de todos. Leandro ordena que seus capangas o persigam e traga vivo ou morto.
         A perseguição começa entre os quiosques meio escuros. Tiago tenta se esconder entre eles, mas os capangas não deixam que escape o cercando até aparecer um segurança da feira que ao tentar falar com um dos capangas é alvejado por um tiro certeiro na cabeça e caiu sem reação.
         Tiago ao ver aquela cena se desespera e corre entre os quiosques, mas é perseguido e encurralado em um canto escuro. Os capangas não perdem tempo e ao chegar bem próximo de Tiago o alveja com vários tiros certeiros.
         Pedro que ainda está sob domínio de Leandro quando ouve os tiros se desespera começando a pedir por amor de deus para não ser morto.
         Leandro oferece em troca de sua vida que ele suma com os cadáveres do segurança e de Tiago não deixando qualquer vestígio do acontecido.
          Pedro assume a responsabilidade em troca de sua vida. Os dois capangas chegam e Leandro vai embora junto com eles recomendando Pedro sobre o que deveria ser feito.
         A reunião estava revogada e todos começaram a ir embora como se nada tivesse acontecido.
         Os tiros e a movimentação durante a noite fria e chuvosa na feira dos importados acabou chamando atenção de um Vigilante dos arredores que comunicou o fato a polícia.
         Era uma manhã, o sol começava mostrar sua majestade elevando a temperatura revelando mais um dia quente e difícil em Brasília.
         Uma viatura policial militar começa a parar vagarosamente nos acostamento da pista na avenida das nações enquanto um santana preto se aproxima também bem devagar até pararem por completo.
          Ninguém sai dos carros, como se estivessem aguardando alguém. Uma sirene é escutada e a porta da viatura policial militar e do santana se abrem bruscamente. Uma camionete da polícia federal encosta se juntado aos dois.
         A porta da camionete se abre e Lucas sai cumprimentando seus amigos:
     - Gil como vai você cara, está tudo bem?
     - Eu estou bem e você? – Diz Gil respondendo a Lucas.
     - E você Lin Zu, como vai nossa futura delegada. – diz Lucas sorrindo para Lin Zu
     - Eu vou bem, mas tira essa de futura delegada, eu sou investigadora e nada mais? – Diz Lin Zu com um sorriso simples para Lucas.
    - Eu estava esperando este reencontro, quanto tempo estudando e fazendo concurso, ainda bem que passamos para concursos diferentes, você já pensou se tivéssemos passado no mesmo concurso. – Diz Gil com um sorriso insinuante.
     - É mesmo, não ia prestar. – Diz Lucas completando a palavra de Gil.
     - Vocês têm que controlar essa adrenalina, parece que depois de tudo ainda continuam estudantes universitários. – Diz Lin Zu tentando controlar a euforia de Lucas e Gil.
     - É Gil acho que com isso tudo ganhamos uma tutora além do Velho que temos que visita-lo esta semana. - Diz Lucas se lembrando do compromisso com o Velho.
     - É mesmo Lucas não podemos esquecer. – Responde Gil confirmando o compromisso.
         Durante a conversa o telefone celular de Lin Zu toca. Lin Zu se afasta um pouco dos amigos para escutar, após algum tempo volta em direção de Lucas e Gil e informa:
     - É um caso que surgiu esta noite, estão precisando de mim, tenho que ir, parece que a coisa é séria e tem gente grande no caso. Um Chinês está na delegacia e parece não falar coisa com coisa, um abraço e até sexta na casa do Velho, levo notícias. – Diz Lin Zu se despedindo de Lucas e Gil.
         Lin Zu chega à feira dos importados e se junta com sua equipe que informa que já fizeram observações e nada encontraram, enquanto isso o Vigilante conversa com o delegado explicando o acontecido.
         Os peritos vão se retirando, mas Lin Zu começa a andar entre os quiosques observando atentamente cada detalhe enquanto observa o Vigilante conversando com o Delegado.
         Em um quiosque Lin Zu encontra uma perfuração de projétil que os peritos não descobriram ou não quiseram encontrar, isto a fez ficar desconfiada e observar com mais detalhe por onde andava.
        Em um canto que dois quiosques faziam divisa, que naquele momento parecia claro por causa da luz do sol forte, Lin Zu olhou com atenção e imaginou que ali após escurecer poderia ficar muito escuro e o espaço poderia servir de esconderijo para alguém que estivesse fugindo. Por esta razão se aproximou e olhou com mais precisão e detalhe.
        Uma mancha pequena denunciava presença de sangue e isto não foi visto pelos peritos que deixaram de periciar com mais precisão o local.
         Lin Zu ao observar tentou chamar novamente os peritos, mas estes já não se encontravam no local.
         O Delegado se despediu do Vigilante parecendo ter encerrado o caso ou não encontrado provas para fazer uma investigação mais precisa.
        O vigilante ficou parado de cabeça baixa como se estivesse desolado em razão de sua denuncia não ter sido periciada com mais atenção fazendo com que sua história fosse fantasiosa ou mentirosa.
         Lin Zu se aproximou do Vigilante que em seus pensamentos profundos não pressentiu sua presença.
        Com um toque em seu ombro o Vigilante se voltou e observou que alguém estava ao seu lado. Lin Zu demostrando simpatia se identificou como investigadora e lhe perguntou:
     - O que pode ter acontecido aqui esta noite?
     - Não sei lhe dizer realmente o que aconteceu, mas ouvi alguns tiros e por isto liguei para a polícia. – Diz o Vigilante tentando explicar o que ouviu.
     - Você tem algum amigo que trabalha aqui ou conhece alguém que poça saber de algumas coisas que ocorre aqui! – Diz Lin Zu tentando uma aproximação com o Vigilante.
     - Eu tenho um colega que trabalha aqui, mas ele não estava de serviço esta noite, poço falar com ele e depois você volta aqui para ver se é possível conversar sobre as coisas que acontecem na feira. – Diz o vigilante tentando ser prestativo com Lin Zu.
     - Muito obrigado, fique com meu cartão, caso o senhor o encontre, por favor, me ligue. – Diz Lin Zu para o Vigilante.
     - Tudo bem! Mas a senhora vai acreditar em minha história, por que o Delegado nem prestou atenção no que falei e não entendi por que trouxe os peritos se ninguém sabia o que tinha acontecido. – Diz o Vigilante meio desconfiado e repreensivo.
     - Isto é o que eu quero descobrir, pois desde que cheguei achei tudo estranho e o Delegado nem notou minha presença como se quisesse resolver o caso rápido ou fazer com que ninguém acreditasse no que o senhor falou, além disso tem um Chinês na delegacia falando coisa com coisa, então passei logo aqui para depois ir lá saber o que ele tem a dizer. – Diz Lin Zu demostrando estranheza nos acontecimentos daquela manhã.
     - É eu também achei estranho, mas é a polícia quem manda não poço fazer nada. – Diz o Vigilante descrente.
        Lin Zu se despediu do Vigilante e foi saindo da feira em direção da delegacia enquanto um dos Capangas de Leandro a observa com precisão.
         Quando Lin Zu vai embora o Capanga volta seu olhar para o Vigilante que pressente alguma coisa e sai rapidamente para a parada de ônibus querendo sair dali o mais rápido possível e chegar a sua casa.
        O Capanga começa a andar seguindo o Vigilante até a parada de ônibus e fica a pouca distância lhe observando com olhar de perversidade.
        Sem perceber a presença do Capanga o Vigilante entra no ônibus que acabou de parar e vai embora.
        O Capanga com seu olhar perverso o acompanha até o ônibus sumir de seus olhos.
 
 
        Todos os quiosques já estavam fechados, a noite tinha chegado rápido e os últimos a deixar a feira se apressavam para ir embora mais rápido possível.
        Um Vigilante andava por todos os lados como se quisesse que os feirantes desocupassem a feira o mais rápido que pudessem.
        Em cima de um quiosque Xuan observava a atitude do Vigilante aguardando algum acontecimento. Sua paciência e camuflagem fazia parte de sua estratégia para tentar descobrir o que estava acontecendo.
         Em poucos minutos tudo ficou em sossego, aquele alvoroço e barulho do dia todo da feira se transformava em um silêncio profundo.
         Mas o silêncio foi interrompido quando uma luz de lanterna apareceu de repente fazendo refletir a luz entre os quiosques revelando o Capanga que estava no quiosque durante o dia.
         Xuan onde estava ficou quieta e aguardou os acontecimentos. O Vigilante se aproximou do Capanga que estendeu a mão lhe saudando.
         Os dois conversaram um pouco demostrando parcialidade, mas Xuan não conseguia escutar a conversa por que estava distante dos dois.
         Quando Xuan tentou passar de um quiosque para outro mais um capanga apareceu fazendo com que recuasse em sua tentativa e aguardasse mais um pouco.
        A noite agora estava intensa fazendo com que a escuridão entre os quiosques ficasse mais densa, algumas luzes que ficavam acessa em alguns corredores era apenas para os vigilantes saberem onde percorrer quando precisasse.
         Aproveitando a escuridão Xuan foi passando de um quiosque para o outro até chegar bem perto de onde estavam os Capangas e o Vigilante.
        Ao ouvir a conversa Xuan descobriu que se tratava do acontecimento da noite anterior, pois os Capangas falavam com descaso e se vangloriavam dos tiros dados no Vigilante e em Tiago que caiu morto.
        Xuan na tentativa de chegar bem perto deixou cair de cima de um quiosque uma caixa de papelão deixado por algum feirante. O barulho chamou atenção do Vigilante e os Capangas que rapidamente reagiram correndo de um lado para o outro procurando o que estava acontecendo.
        O bastão foi pego firmemente por Xuan aguardando qualquer reação enquanto as luzes das lanternas percorriam todos os quiosques procurando alguma coisa.
         Os Capangas se afastaram procurando alguma coisa entre os quiosques enquanto o Vigilante se aproximou de Xuan. A luz da lanterna focou o rosto de Xuan deixando o Vigilante em pavor ao se deparar com uma guerreira com um bastão não mão pronta para o ataque.
         O Vigilante tentou pegar a arma em sua cintura quando sentiu uma pancada em seu punho dada por Xuan com seu bastão arrancando-a com violência. A arma caiu longe deixando o Vigilante apenas com seu cassetete que em uma reação rápida ficou em posição de ataque.
         Xuan também em posição de defesa aguarda a reação do Vigilante que resmunga algumas palavras:
     - Quem é você? O que você estar fazendo aqui? – Diz o Vigilante atônito.
     - Quero saber o que estar acontecendo aqui! Um Chinês desapareceu? Quero saber o que ocorreu. – Diz Xuan tentando obter alguma resposta.
     - Quem você pensa que é aqui quem manda é o chefe e se ele ficar sabendo que tem gente bisbilhotando a coisa não vai prestar. – Diz o Vigilante tentando intimidar Xuan gira o bastão aguardando o ataque.
     - Quem é este chefe que você falou e por que ele está mandando aqui? – Pergunta Xuan tentando saber quem é o chefe.
     - Não lhe interessa e quem pensa que é com esta fantasia e este pedaço de pau não mão. – Diz o Vigilante tentando ridicularizar Xuan.
        Neste instante Xuan em um golpe rápido com o bastão ataca o Vigilante batendo em suas pernas e braços o deixando se contorcendo de dor. O Vigilante tenta reagir, mas Xuan não deixa e continua atacando com seu bastão até o Vigilante cair de joelhos ao chão.
         Em uma tentativa de conseguir alguma resposta Xuan tenta pela ultima vez uma explicação do Vigilante que se recusa a falar e em razão dessa insistência de não falar é golpeado fortemente ficando desmaiado entre os quiosques da feira.
        Rapidamente Xuan se esconde no escuro entre os quiosques aguardando os Capangas para lhes surpreender e ataca-los.
        O primeiro Capanga chega e encontra o Vigilante desmaiado, com os olhos em pânico se vira para todos os lados procurando quem o atacou.
         Com a arma em punho pronta para atirar em que se movimentar o Capanga fica olhando para todos os lados procurando alguém entre os quiosques.
        Quando menos espera surge Xuan como um relâmpago e o ataca com o bastão quase quebrando seu pulso com uma pancada rápida.
         O capanga em desespero vê seu revolver sendo arrastando pelo chão mal limpo da feira dos importados arrancando faíscas por onde passa.
         Sem poder correr tenta reagir, mas Xuan em um ataque rápido o coloca no chão. Vendo que não tem como vencê-la o Capanga grita por seu comparsa que ao ouvi projeta a luz da lanterna em direção à voz.
        Xuan percebendo que o outro Capanga vem em sua direção o imobiliza rapidamente deixando-o sem sentidos.
        A luz da lanterna procura alguma coisa na escuridão. Xuan fica escondida entre dois quiosques aguardando a chegada do segundo Capanga.
        Xuan encosta o bastão no quiosque e pega devagar seu nunchaku e aguarda o Capanga chegar bem próximo.
         O Capanga anda por entre os quiosques com a lanterna em uma mão e a pistola na outra procurando quem estar atacando seu comparsa. Xuan segurando seu nunchaku o aguarda na escuridão da feira.
        Um raio aparece de repente e cruza toda feira clareando tudo em sua volta. O Capanga percebe Xuan e atira em sua direção provocando faíscas nos quiosques de metal.
        Percebendo a intenção do Capanga Xuan esquiva-se do tiro e se esconde entre os quiosques, mas fica preocupada de onde surgiu aquele raio iluminando tudo.
        O Capanga continua lhe procurando entre os quiosques até encontrar novamente, mas agora estar bem próximo e ao tentar atirar é atingindo pelo nunchaku, em uma reação rápida Xuan o atinge várias vezes tirando de suas mãos a pistola e a lanterna.
        Enquanto Xuan estar lutando com o Capanga novamente um raio cruza a feira de fora a fora iluminando tudo. Preocupada com aquele raio que apareceu novamente Xuan em um golpe fulminante imobiliza o Capanga que desfalece e cai ao chão.
        Por algum momento a feira fica em pleno silêncio, como se chegasse uma nova ordem comandando todo o ambiente. Xuan de cócoras e em total silêncio em cima de um quiosque aguardou o desenrolar daquela situação nova em suas investigações secretas.
       Um barulho de pessoas correndo desperta a audição de Xuan que fica atenta. Xuan se assusta quando vê que vários capangas chegando correndo de armas não mão procurando algo ou protegendo alguém.
        Um homem de terno se destaca entre outros que chegam andando e conversando sem presa. Xuan fica apreensiva, mas permanece quieta e em silêncio para saber o que vai acontecer.
        Leandro o homem de terno pega o celular e liga para o Chefe e fala:
     - Chefe parece que aqui estar tudo bem, acho que conseguimos resolver o problema e limpar as provas, ninguém vai ficar sabendo de nada.
     - Tem certeza? – Responde o chefe.
     - Tenho chefe, aqui tudo estar sob nosso controle pode ficar tranquilo. – Responde Leandro.
     - Onde estão os dois seguranças que enviou primeiro? – Diz o chefe caracterizando desconfiança em sua voz.
     - Estão aqui chefe, pode ficar tranquilo! – Diz Leandro tentando deixar o chefe tranquilo.
     - Então para confirmar me deixe falar com algum deles? – Diz o chefe duvidando de Leandro que fica irritado e desconfiado.
     - Chefe eu não estou entendo, o que estar acontecendo? – Diz Leandro mais desconfiado.
     - Procure estes dois e o Vigilante ai na feira e vai ver que estão desmaiado ou imobilizado seu irresponsável, tem alguém na feira bisbilhotando e você nem percebeu. – Diz o chefe irritado com Leandro.
     - Como o senhor sabe disso, quem lhe passou esta informação? – Diz Leandro sem saber o que estava acontecendo.
     - Eu estou aqui na feira, estou tentado ter certeza se você estar fazendo as coisas como pedi e vejo que você estar perdendo o controle, porque quando cheguei pressenti que algo estava acontecendo, não descobri quem estar por trás disso, mas me parece que não é coisa boa. – Diz o chefe passando informação para Leandro que ficou assustado com a notícia.
         Xuan estava em seu lugar quieta e tentando saber o que estava acontecendo ali, quem era aquele chefe que tanto cobrava de homem de terno.
        Uma ordem de Leandro fez com que todos os capangas se movimentassem entre os quiosques procurando qualquer coisa para saber o que estava acontecendo para o chefe estar tão bravo.
         Aquela movimentação deixou Xuan em alerta, pois tinha que sair dali o mais rápido possível, não tinha como lutar com tantos capangas de uma só vez.
        Leandro tentando se explicar começa a falar:
     - Chefe pode ficar tranquilo, ninguém ficou sabendo da execução do Chinês, tudo ficou limpo e o delegado que compareceu aqui e nosso aliado, pode ficar tranquilo que tudo esta bem.
     - Agora quem estar aqui escondido ficou sabendo de besteira que você fez seu idiota, vê se não deixa escapar. – Diz o chefe irritado.
     - Pode deixar chefe se tiver alguém aqui não vai sair para contar história. – Diz Leandro tentando convencer o chefe a ficar tranquilo.
        Uma bola luz azulada se forma em uma parte distante da feira e começa a levitar começando voar em direção de Leandro que aguarda com medo sua chegada.
         Xuan vendo aquela luz azulada voando sob os quiosques fica preocupada e começa a pensar numa fuga rápida, pois aquela luz trás mau pressentimento.
        A bola de luz chega até Leandro e começa pousar revelando um ser dentro dela causando espanto a Xuan e todos os capangas que estavam próximo.
        Xuan tenta saber quem estar dentro daquela luz, mas distância não contribui. Numa tentativa Xuan se desloca de um quiosque para outro que fica mais próximo da Luz azul.
          A luz azulada vai perdendo todo brilho e revela quem estar em volta de si. Leonardo aparece para o espanto de Xuan que o conhece muito bem. Agora Xuan tinha certeza que Leonardo tinha herdado os poderes dos deuses do mal naquela caverna na Chapada Diamantina.
         Irritado Leonardo começa a reclamar com Leandro que fica cabisbaixo sem responder.
     - Eu não mandei você resolver esta porcaria seu irresponsável. – Diz Espirito Negro com raiva.
     - Eu sei chefe, mas os chineses estavam criando problemas, acho que até a máfia deles estar aqui na feira dos importados. – Diz Leandro tentando explicar por que não resolveu o problema para o chefe.
     - Não me interessa se a máfia estiver aqui ou não, eu quero é o controle destes quiosques e nada mais entendeu. – Diz Espírito Negro irritado.
     - Tudo bem chefe, quem não obedecer vai receber o mesmo que Tiago recebeu. – Falou Leandro sorrindo.
     - Meu pai é Senador e quer o domínio de tudo aqui em Brasília e eu agora com estes poderes vou ajudar nessa conquista de pleno poder. – Diz Espirito Negro desconhecendo seus futuros adversários.
     - O senhor vai ser o homem mais poderoso chefe pode acreditar. – Diz Leandro tentando ficar de bem com o chefe.
     - Não precisa puxar meu saco seu irresponsável, eu quero é que resolva estes problemas que não poço me expor agora. – Diz Espírito Negro ainda irritado.
        Xuan não percebe que ficou muito tempo observando Leonardo que agora se denomina Espírito Negro um vilão influente e poderoso por causa da imunidade de seu pai e o poder que agora tem.
       Um Capanga chega por trás e tenta atacar Xuan pelas costas, mas não tem resultado por que em uma reação rápido ela o faz cair de cima do quiosque ao chão já sem sentidos.
        Ao barulho chamou atenção de todo mundo que seguidamente se voltaram para o local do som. A movimentação foi grande, Xuan agora tinha sido descoberta e tinha que fugir dali mais rápido que pudesse.
        Na tentativa de fugir Xuan se vê em apuros, mas tenta sair lutando e usando seu bastão com rapidez e eficiência.
         Cercado pelos capangas Xuan usa de toda sua habilidade para superar os capangas que vão caindo um por um em cada ataque.
         Enquanto luta Xuan vê que Espírito Negro lhe analisa com atenção como se soubesse quem era. Seu olhar fixo a faz ficar desatenta que quase é atingida por um capanga, mas seu bastão zune rápido e atinge sua cabeça que cai sem sentidos no cimento frio da Feira dos Importados.
        Espírito Negro começa a andar em direção de Xuan observando sua habilidade em combater os capangas que vão caindo e diminuindo cada vez mais.
        Quase saindo da Feira dos Importados após uma luta grandiosa Xuan percebe que Espirito Negro não vai deixar isto de graça e começa a lançar raios azuis em sua direção tentando abatê-la.
         Xuan vai se esquivando dos raios e tentado fugir enquanto usa seu bastão numa luta desigual contra os capangas. Espírito Negro começa a se aproximar de Xuan, mas sua valentia a deixa em vantagem.
        Espírito Negro lança um raio com violência para atingir Xuan que gira o bastão a sua frente com velocidade desviando-o.
        Em um gesto Espírito Negro levanta seu braço direito e ordena que todos fiquem quietos, pois a partir daquele momento a luta é sua. Xuan percebendo que vai ser atacada por Espírito Negro em desvantagem pula com rapidez e some na noite sem deixar vestígios.
         Enfurecido Espírito Negro começa a lançar raios reluzentes por todos os lados provocando clarões para tentar encontrar Xuan, mas não obtém resultado. Xuan bem escondida no teto da Feira dos Importados lhe observa com cuidado enquanto alguns capangas vão se levantando bem devagar.
         Espírito Negro pega Leandro pelo colarinho e o levanta com força provando sua superioridade. Leandro de olhos arregalados fica imóvel prevendo o que pode acontecer.
     - Seu incompetente, como pode deixar aquela amarela fugir, um bando de homens não consegue bater em uma mulher com um pedacinho de pau. – Diz irritado Espírito Negro.
     - Chefe, desculpe-me, mas aquela chinesa é muita rápida e usa muito bem suas armas, nossos capangas só sabem atirar. O Senhor sabe quem é ela? – Diz Leandro meio sem jeito sendo colocado agora no chão pelo Espírito Negro.
     - Ela me pareceu familiar, mas o escuro não me deixou ter certeza, vou investigar e talvez eu descubra que é. – Diz Espirito Negro com um olhar tenso e pensativo.
     - Se descobrir pode deixar que vamos mata-la para o Senhor, viu Chefe! – Diz Leandro tentando deixar Espírito Negro mais tranquilo.
     - Então comece a treinar seus vira-latas para que eles virem pitbulls porque do jeito que estão não matam nem galinhas. – Diz Espírito Negro zombando de Leandro e seus capangas fracassados.
         Espírito Negro refaz sua bolha de luz e sobrevoa os quiosques depois vai sumindo como um raio pelo céu.
         Leandro reúne seus capangas e começam a andar para o portão de saída da Feira onde se encontram os carros para irem embora.
        Xuan camuflada no teto da Feira abre os braços e pula. Uma grande Harpia rápida e possante desfere um voo alternando rápidas batidas de asas com planeio, solta um assobio longo e estridente que assustas Leandro e os capangas que ficam observando a grande ave voar sob a Feira e depois sumir no céu.
         Em alvoroço todos correm para os carros e saem em disparada cantando pneus marcando o asfalto deixando cheiro de borracha queimada pelo caminho.
         Lin Zu chega à delegacia bem cedo e logo que entra é recebida por um policial que informa de uma visita esperando em sua sala:
     - Lin tem uma pessoa te esperando em sua sala, acho que é alguém importante, pois o cara é todo chique. – Diz o policial passando a informação a Lin Zu.
     - Quem será há esta hora? – Resmungou Lin Zu preocupada.
         Sem demorar muito no corredor e andando com pressa Lin Zu chega a sua sala e se depara com Leonardo que a aguarda demostrando tranquilidade.
         O espanto ficou claro no rosto quando Lin Zu deu de cara com Leonardo que já não o via há muito tempo e estranhou mais ainda o porquê dele estar ali após uma noite conturbada.
        Lin Zu começou a desconfiar que Leonardo estivesse ali para tentar descobrir alguma coisa ou bisbilhotar na intenção de descobrir se quem estava na Feira dos Importados era ela. Com um sorriso no rosto e demostrando simpatia Linz u estendeu a mão e cumprimentou Leonardo.
     - Leonardo, quanta surpresa?
     - Só passei aqui para matar a saudade, fiquei sabendo que você estava trabalhando aqui com meu amigo, o Delegado Celso. – Diz Leonardo demostrando que não sabia que Lin Zu trabalhava ali.
     - Pois é Leonardo este é meu novo emprego, Gil estar na Polícia Militar e Lucas na Federal e você o que anda fazendo? – Diz Lin Zu puxando conversa com Leonardo.
     - Eu estou cuidando dos negócios do meu pai, como ele não tem tempo sendo Senador cabe a eu cuidar dos seus negócios. – Diz Leonardo informando de sua atividade.
     - E o que você estar fazendo aqui? Tem negócios do seu pai aqui também! – Diz Lin Zu sorrindo para disfarçar sua pergunta direta.
     - Tenho, aconteceu um arrombamento em uns quiosques na Feira dos Importados e meu pai tem alguns lá, o Delegado Celso estar acompanhando o caso e eu passei aqui para saber se já descobriu alguma coisa. – Diz Leonardo calmamente.
     - Engraçado ainda não me passaram este caso, mas se passar vou investigar com atenção para lhe dar uma resposta. – Diz Lin Zu sorrindo demostrando tranquilidade.
     - Talvez você seja a pessoa adequada para este caso, vou pedir para o Delegado Celso lhe passar o caso. – Diz Leonardo mostrando um pouco de sarcasmo em sua fala.
     - Irei investigar com presteza e descobrirei a verdade. – Diz Lin Zu incontestável em saber a verdadeira intenção de Leonardo.
     - Vou lhe agradecer pessoalmente quando desvendar o caso. – Diz Leonardo com um olhar e sorriso malicioso.
     - Não é preciso, é o meu trabalho! – Disse Lin Zu recusando o agradecimento pessoal.
         Leonardo sai da sala de Lin Zu e vai até a sala do Delegado Celso que fica conversando um bom tempo fazendo gestos e determinando algo que não dava para ouvir, mas dava para saber que não se tratava de coisa do dia a dia e sim de algo pessoal que o delegado parecia envolvido caracterizado pelo seu nervosismo e jeito de se expressar.
         Lin Zu observa quando Leonardo sai da delegacia em direção do estacionamento e para no meio do caminho, pega o celular para fazer uma ligação. Rapidamente Lin Zu se aproxima para tentar ouvir alguma coisa.
     - Alô, é Fhellipe? – Fala Leonardo querendo ter certeza que quem fala do outro lado.
         Alguém responde e Leonardo demostrando irritação faz recomendações:
     - Fhellipe você é o responsável pelo que estar acontecendo, eu quero o controle destes quiosques e você é o nosso laranja no negócio, mas estar perdendo o controle, os chineses está entrando ai e você estar deixando este bando de amarelo tomar conta, se você não agir vai pagar caro. - Diz Leonardo com voz ameaçadora, firme e autoritária.
          Irritado Leonardo desliga o telefone e entra no carro e vai embora. Lin Zu observa e em seguida liga para Gil passando o que estar acontecendo. Gil informa para Lin Zu que também tem uma investigação em andamento em uma mansão na Colônia Agrícola Vicente Pires e pode estar relacionado ao sistema imposto na Feira dos Importados implantado por Leonardo para domínio total dos quiosques para lavar dinheiro de seu pai.
         Esta investigação com certeza não deve ser feita pelo policial Gil e sim pelo Duende Negro que entrará em ação para descobrir o plano de Leonardo ou Espírito Negro.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 26/06/2012
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