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SOU UM NÚMERO
Sou um número
Sou inteiro, às vezes relativo,
Com conceitos puramente naturais.
Mas quando você vem irracional e exala teu perfume
Sinto meu peito fracionado em convulsões infinitas
E o imaginário toma conta de minha soma pejorativa
De desejos nunca contados em tua adição e totalidade.
Sou um número
Sou a essência e o princípio de todas as coisas
Minha paixão é expressa em quantidade
Busca tua unidade para uma soma
Mas excessivamente você me divide
E muitas vezes se revela bicomplexa
Causando uma soma indefinida e desconexa
De minhas qualidades incomensuráveis.
Sou um número
Mas não apenas um objeto para descrever quantidade.
A ordem e a medida de minhas intenções
Vão além do infinito descrito em octoniões
Nos dédalos do universo inverso as ocasiões.
Sou um número
Complexo e irracional na tua visão
Inteiro e real na minha concepção
Fracionado em sonhos imaginários
Nunca antes conhecidos
Presos em pesadelos
Na soma de todos os meus medos.
Sou um número...
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 21/11/2012
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