RECANTO
Por décadas estive parado num canto
Não padecia, mas também não era para tanto.
Em um despertar dei um pulo e fiquei tonto
Pois não sabia que estava parado a quanto.
Olhei para o céu e desejei chorar um pranto
Mais não seria direito, também não era para tanto.
Procurando uma saída andei por todo canto
Rabisquei folhas, saudades, derramei pranto.
E em uma busca sem pacto descobri o recanto,
Encontrei trovadores e escritores de conto,
Poetas incandescentes e poetas em pranto.
Poetas fluorescentes, muitos, um tanto.
Encontrei também cordelistas, tudo pronto.
Declamadores, cantoras, uma recita, eu canto.
Navegante sem rumo, sem cais, sem porto.
Atraquei meu navio, joguei a corda no recanto.
Fiz amigos incontáveis, sem qualquer confronto.
Abri as escotilhas de minha nau, meu recanto.
Convidei todos sem medo, constrangimento.
Para uma viagem aos meus sonhos, sentimentos.
Como escritor amador, errante no momento.
Quero compartilhar meus versos, cordéis, contos.
Quero fazer parte desta família do recanto.
Se você ainda não faz parte desta família eu lhe conto,
Venha se juntar a nós nesta bela estirpe, o recanto.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 05/02/2013
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.