Esta mulher que pari,
Que foi moldada pelas mãos
Do oleiro Criador
Em um dia de plena contemplação.
Esta mulher parte de mim,
Que foi arrancada do meu abdômen
Numa inspiração divina.
Esta mulher que causa reviravolta,
Que transforma o mundo
Com seu olhar indiscreto
Revelando seu desejo lascivo.
Esta mulher pedaço de mim,
Que nunca me deixa só,
Mas me abandona no arrebol
Entre lençóis desarrumados cândidos.
Esta mulher que me manda beijos
E desaparece no paraíso
Deixando rastros de perfume
Em flores semeadas pelo oleiro
Em primaveras febris.
Esta mulher que me completa
E me parte quando aflora meu desejo
Deixando cair seu baby-doll
Pelo o curso que refaz todas as noites
Para a plena junção do corpo e da alma.
Esta mulher que me enlouquece
E pede desculpa sem qualquer culpa assim.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 09/03/2013