GOSTO AMARGO
Desculpa-me este olhar frio,
Este meu pesar, este meu letargo,
Este atonia, esta alma que sobe o rio,
Esta intempérie, este gosto amargo.
Desculpe, não tenho mais sonhos,
Desfiz as razões dos desejos e fins.
Minhas desilusões refizeram redemoinhos,
Pelos meus caminhos até os confins.
Desculpe-me este corpo frio,
Não existe mais vida, e a alma,
Estar em confronto, sem brio,
Entre os escombros, em calafrio.
Desculpa meus versos incertos,
Este discurso sem previsão,
Estou confuso, não sei ao certo,
Onde fica meu peito, o coração.
Desculpa este beijo amargo,
Destes lábios frios sem paixão,
Desculpe os sonhos, ilusão,
Contidos neste amor sem razão.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 11/04/2013
Alterado em 11/04/2013
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