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AMOR ONIPRESENTE
Você vem com esses lábios carnudos,
Esse andar de serpente,
Essa cor do desejo,
Cercando-me acuado
Com estes olhos salientes
Atentar o que não prevejo.
Mas na verdade,
És como a flor,
Aquela que desejamos e se contentamos
Apenas em vê-la nos jardins,
Cuidadas pelos serafins
Ou querubins nos confins do céu,
Distante do que almejo,
Além do que desejo,
Em dar-lhe um beijo
Como um anjo que pecou casto,
Deixando a eternidade avisada
Em razão de um desejo possível
De uma paixão desentoada
Do amor onipresente.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 10/07/2013
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