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RESUMOD O LIVRO OS HERDEIROS DAS PIRÂMIDES
Sergio dobrava a esquina para percorrer a rua quase escura até chegar a sua casa, pressentindo algo olhou para os lados e a rua estava deserta, mais adiante um carro preto estacionado em baixo de uma árvore, não parecia lhe oferecer perigo, talvez algum casal de namorados. Enquanto seguia a rua ao se aproximar do carro preto dois homens com capuzes desceram abrindo as portas do veículo com violência e apontado às armas para Sérgio que foi logo largando sua mochila e erguendo suas mãos para o alto.
Um dos homens segurou Sérgio pelo braço e empurrou para dentro do carro no banco de trás onde mais dois homens o agarraram, amarrando suas mãos e colocando um saco plástico em sua cabeça.
Ainda em dúvida um dos homens encapuzados refaz a pergunta:
- Gente tem certeza que é este o cara?
- Tenho certeza. – Diz outro dos encapuzados.
- E se não for, vamos torturar e matar o cara errado. – Diz o encapuzado.
Escutando a conversa dos homens encapuzados, Sérgio começa a resmungar e se debater tentando se soltar para fugir, mas seu esforço não tem êxito. Um dos encapuzados do banco de trás do veículo aplica um soco nas costas de Sérgio o fazendo gemer de dor e ficar quieto. O homem encapuzado que dirige o carro pergunta ao chefe do grupo:
- Vamos leva-lo para a reserva florestal mesmo ou tem outra ideia?
- É pra lá mesmo, não existe outro lugar melhor para realizarmos nosso servicinho. – Diz o chefe do grupo.
- Esta noite tá meio estranho, aquela reserva florestal nestas noites escuras acontecem coisas muito estranhas, falam de luzes e sombras de gigantes correndo pela mata, principalmente naquela montanha que parece uma pirâmide. – Diz um dos encapuzados do banco de trás do carro que segura Sérgio com uma das mãos.
- Deixa de frescura, tá com medinho é, isso é estória desse povo besta que qualquer coisa que se mexe a noite é lobisomem ou ETs. – Diz um dos encapuzados.
- Não é frescura, nem medo, é verdade, tem gente que já viu coisas naquela mata, vamos lá, eu não tenho medo. – Respondeu o encapuzado.
- Isso mesmo, gosto de companheiro assim, valente. – Diz o chefe do grupo sorrindo.
O carro seguiu direto para a reserva florestal, a entrada ficava em um lugar de difícil acesso, mas era por onde os invasores da reserva entravam. Após estar bem dentro da floresta, próximo a montanha da pirâmide, o carro para bem devagar.
O encapuzado chefe do grupo desce do carro, fica em pé com a porta aberta e olha por todos os lados diante da noite escura para vê se havia alguém ali.
Após um momento de silêncio e observação o encapuzado chefe do grupo faz um gesto com a cabeça após um assobio e as duas portas de trás do veículo se abrem, saindo os dois encapuzados segurando Sérgio pelos braços.
Sérgio se debatia, tentava uma fuga, mas não tinha como escapar, estava amarrado e vigiado por quatro homens encapuzados que estavam decididos a tortura-lo e mata-lo deixando seu corpo ali na mata.
Foi dada a ordem para arrastar Sérgio até uma pequena vala no pé da montanha da pirâmide. Três encapuzados arrastavam Sérgio enquanto o chefe do grupo os acompanhava manuseando uma arma para intimida-lo.
A noite ficava mais escura ao se aproximarem da montanha, as grandes árvores ajudavam, tornando o lugar mais tenebroso possível.
Sérgio foi sendo amarrado em um tronco de uma árvore enquanto implorava para não ser morto. O chefe do grupo o intimidava apontando a pistola em seu rosto.
Tudo andava para primeiro uma tortura e depois o golpe final. Sérgio não sabia por que estava ali, não fazia nada de errado, não devia a ninguém, mas com certeza estava pagando por alguém, o difícil era convencer aqueles encapuzados de que a pessoa que eles queriam não era ele.
Após amarrado na árvore um feixe de luz da lua que pouco aparecia naquela noite escura clareou um pouco seu rosto, um dos encapuzados prestou intenção e ficou na dúvida se aquele era o cara que estavam procurando.
- Chefe acho que este não é o cara? – Disse um dos encapuzados.
- Como não, as características que nos passaram batem com ele, fisionomia, local de moradia, jeito de se vestir, essa mochila, tudo bate com a descrição do nosso chefão. – Disse o chefe do grupo incisivo.
- Chefe também acho que não é ele, pegamos o cara errado na hora errada. – Diz outro encapuzado com receio.
- Caramba não acredito que pegamos o cara errado, mas agora não tem como voltar atrás, temos que mata-lo de qualquer jeito, ele vai nos denunciar. – Diz o chefe do grupo convicto.
Sérgio ouvindo a conversa e a confusão que fizeram implora para ser solto:
- Muito bem pessoal, já que reconheceram que eu não sou o cara que estão procurando, me deixem ir embora, eu não denunciar vocês, nem sei quem são vocês, não vi seus rostos e nem o sei o que querem. Por favor, me deixe ir embora. – Diz Sérgio implorando por sua vida.
- Infelizmente não é assim meu rapaz, temos uma missão e não podemos deixar de cumpri-la, se não fizermos o serviço o chefão vai nos cobrar com nossas vidas, mesmos se matarmos o cara errado. – Diz o chefe do grupo com frieza.
- Mas eu não tenha dada com isso, me deixem ir embora, por favor. – Implora Sérgio choramingando.
Neste momento uma sombra aparece entre as árvores em contraste com a pouca luz da lua que invade a mata. Os encapuzados olham e se assustam depois se olham uns aos outros como se dissesse, você viu aquilo.
Em poucos segundos outra sombra passa correndo por trás das árvores escuras os deixando mais inquietos com aquilo. O chefe do grupo tenta amenizar o medo dos comparsas, dizendo que se trata de alguém tentando os assusta-los.
A lua agora desaparece no céu, um pássaro noturno ecoa um canto tenebroso, alguns barulhos são ouvidos dentro da mata escura e de repente tudo fica em silêncio. Os encapuzados agora tentam fugir, sendo contidos pelo chefe que diz:
- Não se espalhem quem quer que seja nos quer separados, vamos ficar juntos para melhor combate-los.
- Tudo bem chefe, vamos ficar juntos. – Diz um dos encapuzados se batendo uns contra os outros.
- Vamos deixar esse cara ai e vamos dá no pé, temos que sair desta floresta escura imediatamente. – Diz o chefe do grupo.
Quando tentam sair de perto da montanha da pirâmide, dois seres com mais de dois metros de altura os cercam, o chefe do grupo saca a pistola para atirar, mas a arma não funciona, parece com defeito. Mas ao observar os seres grandes, uns deles estar com o braço estendido, como se ordenasse que a arma não funcionasse.
Vendo que a arma não funciona mais o chefe do grupo de encapuzados a joga no chão. O medo e o desejo de fugir fazem com que uns dos encapuzados parta para cima de um dos seres grande. Sua tentativa é contida com um disparo de uma pistola com um raio de luz azulada o paralisando e levando a morte instantânea.
Vendo aquilo os três ficam sem saber o que fazer, apenas observa os seres grandes que começam a se aproximarem mais. O chefe do grupo com muito medo tenta conversar com os seres grandes, mas sem êxito. Um dos seres grande gesticula e depois fala:
- O que vocês iam fazer com este outro de sua espécie.
- Eles iam me torturar e depois me matar. – Diz Sérgio com raiva.
- É mentira, a gente iria só dar um susto, não íamos mata-lo. – Diz o chefe do grupo querendo enganar o ser grande.
- Não é verdade, iam me matar sim, esses caras são bandidos e não deixam ninguém vivo quando trazem para cá. – Diz Sérgio tentando convencer os seres grandes a resolver a situação.
- Quem são vocês, de onde vieram. – Diz um dos encapuzados.
- Nos somos os herdeiros das pirâmides, nossos antepassados vieram aqui há muito tempo e nos deixaram estes monumentos, agora viemos para resgatar nossas naves, nossa história que estão guardados dentro delas e combater nossos inimigos eternos para proteger os sistemas solares e galáxias. – Diz um dos seres grandes.
- O que vão fazer, vão nos matar, destruir o planeta. – Diz o chefe do grupo de encapuzados demonstrando medo.
- Primeiros vamos reordenar este planeta, depois vamos sincronizar os sinais de todas as pirâmides e vamos voltar com os poderes guardados em nossos templos e restabelecer a ordem nos sistemas solares e nas galáxias. A espécie humana estar ameaçada com a vinda dos inimigos do lado escuro do universo. Temos a missão de restabelecer a ordem nos sistemas solares e nessas galáxias. – Diz um dos seres grandes, explicando a missão dos herdeiros das pirâmides.
- Como vão fazer isso, vocês são dois, apesar de grandes, como vão cumprir essa missão. – Pergunta Sérgio ainda amarrado na árvore.
Um dos seres grandes se aproxima de Sérgio, o liberta e depois responde:
- Nossas pirâmides ficam localizadas próximas dos Trópicos de Câncer e Capricórnio, em cada pirâmide tem dois de nós que ficarão atentos para a chegada de nossa nave mãe. Quando isso ocorrer teremos que estar prontos para reativar as pirâmides e formar um grande anel de luz em volta da terra. – Explica um dos seres grandes.
- O que farão conosco. – Pergunta um dos encapuzados.
- Os humanos maus vagarão pela mata sem consciência e o bom humano virá conosco, não podemos deixar que saibam que estamos aqui, nossa missão é importante, depois o deixaremos novamente na terra, sua história se juntará as outras dos que falam que existimos, mas ninguém acredita. – Diz um dos seres grandes com seriedade.
- Como vamos vagar pela mata, vai nos deixar ir. – Diz um dos encapuzados sorrindo.
- Vamos deixa-los ir, mas antes ficarão sem memória, não saberão o que aconteceu, nem onde estiveram. – Diz um dos seres grandes.
Nesse instante o gigante encosta uma das mãos em suas cabeças e os mesmos saem andando pela mata sem rumo e inconscientes. Sérgio é ordenado a acompanha-los e os três seguem em direção à montanha da pirâmide.
A noite nebulosa esconde os segredos daquela reserva florestal, apesar de várias histórias serem contadas, ninguém conseguiu provar. Na parte mais densa da montanha os dois seres grandes apontam suas armas e uma grande porta abre-se emitindo uma luz azulada vinda do fundo da montanha.
Sérgio segue a frente e após a entrada a porta se fecha, dentro da pirâmide as luzes mostram o caminho e o segredo nunca antes revelado. Uma grande nave encoberta pela vegetação e terras, descaracterizando sua verdadeira função. Pelos corredores com luzes azuladas os seres grandes fazem o percurso até chegar ao comando central da nave. Sérgio os segue, refém e sem poder fazer nada, apenas os observam. Uma pergunta ainda sem resposta, Sérgio desconfiado questiona:
- Se vocês podiam me deixar como os outros, porque me trouxeram aqui?
- Você fará parte de nossa missão, não se preocupe, saberá depois qual sua participação e o que faremos antes de partirmos rumo às galáxias. – Diz um dos seres grandes.
- Não estou entendendo, como fazer parte dessa missão e qual é minha participação, vocês não me conhecem, nem sabem o que faço. – Diz Sérgio querendo tentar sair dali ou descaracterizar seus conhecimentos.
- Você é um dos nossos escolhidos, em cada pirâmide haverá dois de nós e terá um dos escolhidos, nossa missão depende muito dos escolhidos. – Diz um dos seres grandes.
- Você tem conhecimentos de engenharia, desde pequeno sua escolha era se tornar um engenheiro aeronáutico, você era fascinado pelo espaço, ficava noites apreciando o espaço e tanto você como outros escolhidos nasceram para tentar sair da terra e ganhar o espaço. – Diz o outro ser grande, parecendo mais saber tudo da vida de Sérgio.
- Como vocês sabem disso, sempre fiquei na minha, nem minha família sabia tanto dos meus sonhos como vocês. – Diz Sérgio agora enquanto acompanha os seres grandes olha as estrutura da grande nave tentando entender como funciona.
- Tá vendo, percebo que nossa nave te chamou atenção, quanto mais você percorre, mais sua curiosidade aumenta, parece um brinquedo que você imaginou em sua mente, mas não sabia se ela existia. – Diz um dos seres grandes olhando para Sérgio exibindo um sorriso simples.
- Verdade, mas como vocês sabem tanto assim, onde vocês estavam? – Diz Sérgio surpreso as informações passadas.
- Nós estávamos entre vocês até certa idade e ocasião, mas depois de certo tempo saíamos e nos escondíamos em florestas e montanhas, nossa altura incomodava e gerava desconfiança, tínhamos que nos proteger. – Diz uma dos seres grandes.
- Qual é a missão? O que teremos que fazer? Estou confuso e impaciente. Vocês nunca dizem tudo, ficam enrolando. – Diz Sérgio meio irritado.
- Esta falta de paciência é pertinente aos humanos, isso não acontece com nossa espécie, esta a razão de contamos com vocês para a nossa missão, ainda mais com os conhecimentos que vocês adquiriram por paixão ainda jovem. – Diz o ser grande com o jeito mais calmo.
- E qual seria essa missão ou função o qual tenho que ajudar, pode me responder? – Diz Sérgio com firmeza.
- Claro, nossas naves estão aqui na terra há muitos anos como pirâmides em diversos lugares próximos aos Trópicos de Câncer e Capricórnio, em cima, debaixo da terra e no mar e os escolhidos farão com que elas funcionem, pois temos primeiro que acionar os raios e formar um grande anel em volta do planeta terra para protegê-la da invasão que estar por vir, nossos inimigos são muitos poderosos e cruéis, se dominarem os planetas que protegemos estaremos perdidos e será o fim dos seres que ainda relutam contra o mau nas galáxias, caso perdermos essa luta o universo será apenas escuridão, as estrelas morrerão, não haverá mais luz. – Diz um dos seres grande agora com mais convicção.
- Quem são estes inimigos, de onde eles vêm? – Pergunta Sérgio, agora curioso.
- Eles vivem no lado escuro de alguns planetas distantes das estrelas, acreditam que a escuridão vai dominar a luz, mas sabemos que isso nunca vai ocorrer, pois estaremos por toda eternidade combatendo esses seres negros do universo. – Diz um dos seres grande com ressalva.
- Agora vamos ao que interessa, você fazer com que essa nave reviva, acreditamos em todos os escolhidos apesar de isso estar acontecendo neste planeta pela primeira vez. – Diz um dos seres grade sem pretensão de chamar atenção.
- Como pela a primeira vez, vocês nunca fizeram isso, como podem saber se vai dar certo, só podem estar brincando. – Diz Sérgio preocupado.
- Não estamos brincando, este planeta é ainda muito jovem, nossos antepassados já realizaram uma proeza dessas em planetas mais antigos de outros sistemas solares, os humanos ainda os conhecerão, muitos dos escolhidos serão responsáveis por isso, pois desenvolverão espaçonaves que irão chegar a outros planetas distantes, pode acreditar. – Diz um dos seres grande com propriedade.
- Tudo bem, agora me diga como reativar essa espaçonave, pois se vocês são mais inteligentes que nós, são mais evoluídos, como posso ajudar a fazer funcionar uma nave com tanta tecnologia. – Diz Sérgio preocupado com sua missão.
- Isso é problema seu, nossa nave depende de uma reativação inicial com um tipo de energia que não dispomos há muito tempo, não sabemos mais como lidar com isso, mas após essa reativação ela por si só se reativará e nos dará o comando como foi programada para fazer isso por nossos antepassados. – Diz um dos seres grande maio amistoso.
- Muito bem, isso é incrível, uma nave com tecnologia avançada e eu tenho que descobrir como reativá-la com uma energia que nem sei de onde vai sair, vocês estão de brincadeira. – Diz Sérgio com um pouco de irritação.
- Você sabe, só não se lembra de como fazer isso ainda, se não fosse assim não seria um dos escolhidos. – Diz um dos Seres grande com propriedade.
- Muito bem vou começar a pensar, coisa que ainda não tive tempo nessa confusão toda, falando de tempo, quanto ainda tenho. – Diz Sérgio preocupado.
- Não sabemos, eles chegarão na noite mais escura. – Diz um dos seres grande.
- Obrigado pela ajuda, entendi tudo, como vou saber, tenho que tentar descobrir uma forma de ligar essa espaçonave mais rápido possível. - Diz Sérgio muito chateado.
Sérgio começa a explorar a nave na tentativa de descobri uma forma simples de reativa-la, mas para isso tinha que encontrar seus motores ou sua forma de funcionamento, isso poderia levar dias e noites, coisa que a partir daquele momento não dava para saber o que era dia e o que era noite.
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CONTINUA.....
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 16/07/2013
Alterado em 18/05/2019
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