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SONHOS REMOTOS
Hoje acordei e não te vi pela janela,
Digitei teu nome várias vezes em vão,
Onde poderia está a mais bela,
Que despertou em mim uma paixão.
Vi tuas fotos nas pedras, no mar,
Com um sorriso, liberta solta no ar.
Senti-me fora de mim, esquecido,
Longe dos teus olhos, teus lábios,
Como quem se queixa se não amar.
Ouvi nos cantos meus gemidos,
Querendo, implorando teus lábios,
Como se só soubesse te amar.
Essa saudade de te vê distante,
Não me deixa aflito,
O que me deixa aflito é o beijo,
Aquele que não te dei antes,
Aflorado por um longo desejo,
Que não sustento, não disfarço,
E na solidão não sei o que faço
Para não me vê chorar.
Como queria ir contigo,
Olhar o mesmo horizonte,
Poderia ser liberto do castigo,
Da saudade nunca sentida antes.
Estes meus sonhos remotos
Não disfarça minha dor,
Procura-te nos anseios e fotos
Como colibri caça a flor.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 19/07/2013
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