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O BARQUEIRO E O RIO
Vi o barqueiro carregando almas
Numa noite de duras neblinas,
Parecia cruzando rumo a Aqueronte
Seguindo tranquilo, governante.
Tua alma ali era transportada,
Aceitando ser levada sem desafio,
Não parecia ilógica, era permitida,
Como quem aceita expirar sem brio.
O barqueiro conduzia o barco
Na leveza de um sonho único,
Como quem rouba a alma
Em noites frias, noite calma.
Por que se sentia entregue ao rio,
Sem reclamar, sem prever o desafio.
Por que não questionava o barqueiro,
Não voltava a vida, recuava do rio.
O barqueiro e o rio
Transportando almas,
Rio do infortúnio,
Barqueiro fantasma.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 21/08/2013
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