POR QUE CHORAS
Por que choras,
Não te prometi nada,
Não fiz um discurso inflamado
Em noite enluarada,
Não te prometi lágrimas sem razão
Tentando enganar meu coração,
Não te ofertei diamante e ouro,
Uma oferta comum quando se compra
Um corpo com órgãos dilacerados
Pelos desejos materiais.
Por que choras,
Deixei-te livre, fiz tuas vontades,
Troquei minhas prioridades doando-me a você,
Como a ostra ferida que gera a pérola
Esperando sua forma completa,
Mas preocupado com seu brilho
Que se perde sem os cuidados.
Por que choras,
Não te fiz promessas,
Daquelas dos cavaleiros andantes de outrora,
Que com um lenço branco jogado, implora,
Um aceno ou uma lágrima no adeus breve.
Por que choras,
Não vês que vou embora,
Assim como cheguei, sem espanto,
Portanto descrente, com teu encanto,
Sem promessa, sem demora.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 22/11/2013