LIBERDADE
Hoje eu a escutei em algum lugar
A palavra liberdade sem intenção,
De início não quis julgar,
Mas ela me chamou atenção.
Vi pássaros cruzarem os céus,
Num vai e vem sem sinais,
Não havia limite de velocidade,
Não havia barreiras, “pardais”.
Olhei para as borboletas
Procurando flores nos quintais,
Não havia filas, desordem, roletas,
Eram multicoloridas, cores demais.
Vi nos cantos das ruas
Cães e gatos correndo soltos,
Sem coleiras, sem donos, nuas.
Como num paraíso, envoltos.
Vi formigas enfileiradas
Carregando comidas, diversas,
Pareciam alegres, alinhadas,
Sem preguiça, sem conversas.
Vi cavalos e burros livres,
Sem carroças, sem celas,
Andavam pelos campos felizes,
Num novo tempo, sem procelas.
Olhei agora com mais atenção
E num canto da rua vi a multidão,
Uns em ônibus superlotados,
Outros em carros sem direção,
Todos presos, engessados,
Reféns do progresso, na contramão.
Havia ruas cheias de gente,
Um corre-corre sem precedente,
Não parecia humanos,
Tinham coleiras, donos,
Não pareciam contentes.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 30/12/2013
Alterado em 30/12/2013