O TEMPO E POETA
Esse tempo diante dos olhos,
Mostrando o que não queremos vê,
Parece o tempo de não-tempo em retalhos,
Encurtando nosso viver.
Esses segundos que piscam veloz
Entravando nossos pensamentos,
São perseguidores dos momentos,
Que nunca queremos ficar sós.
Esses minutos tão lentos, tão rápidos,
São mediadores de nossas agonias,
Muitas vezes nos deixam atônitos,
Outra vezes nos alivia.
Estas horas que prossigo
Procurando alheios meus ideais,
São tempos que não consigo
Reter os desejos infernais.
Estes dias claros,
Estas noites escuras,
Estes sonhos agora raros,
Este amor, estas amarguras.
Estes meses, muitas dezenas...
Rastros de fumaça deixada no tempo,
São lembranças de outrora, amenas,
Encarnada em meu corpo no momento.
Estes anos que não vinga a esperança,
São vitais as minhas previsões,
Parece serem obra de uma vingança
Ente meus dedos, minhas visões.
Esta vontades que faço todos dias,
Delineando detalhes de meu curso
Nas mais diversas formas de poesias,
Esquecendo do tempo, suas fantasias,
Refazendo meu caminho, meu discurso,
Sem presa, sem prever minha partida.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 20/08/2014
Alterado em 20/08/2014