DESCULPAS
Não entendo estas tuas desculpas,
Numa manhã me pega pela mão,
Me faz um carinho sem culpas,
Depois já não me olhas, diz não.
Numa tarde linda de sol, a sós,
Me beijas com sabor de maçã,
Teu corpo espalha-se nos lençóis,
Mas se desfaz como naquela manhã.
Ante ao crepúsculo me olhas e desejas,
Depois sem qualquer razão ou pretexto
Foges de mim afoita, sem que prevejas,
Sem qualquer assunto, sem contexto.
Numa noite fria te procuro, te desejo,
Se escondes em desculpas elaboradas,
Tiradas de um conto que não te vejo,
Não és vilão, figurantes, não és fadas.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 07/10/2014