ACENDENDO A ALMA
Me reodeias com essa alma gélida
Procurando um desejo perdido,
Não vês, resto de um sonho, ávida,
Que marcas meu olhar turvo, ferido.
Esta alma que não me engana,
Pelas marcas, o sonho, a ferida,
Esta boca que me beija na cama,
Retardando a morte, minha querida.
Essa tua indiferença nesse inverno,
Acende-me nas noites em claro,
Prevejo-te em figuras no meu caderno,
Rabiscos de beijos doces, raro.
Essa paixão que se funde
Do meu verão e teu inverno
Nesses desejos que se confunde
Teu frio e meu inferno.
Por que me rodeia alma fria,
Trazes ventos desse inverno,
Procura outra alma, teu guia,
Deixa-me quieto no meu inferno.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 18/11/2014