PRETENSÃO A PANDORA
Este inverno cruel no espelho
Revelando a velhice em andamento,
Prevendo meu momento, um atalho,
Riscando nas pedras meu tempo.
Este inverno que me condena,
Julgando meus olhos nus,
Dizendo, um olhar não vale a pena,
Não se deixe enganar, olhos azuis.
Esta paixão que ainda se acalora,
Não diferindo os teus dos meus,
És primeira criação, és Pandora,
Um pedido inesperado de Zeus.
Esta cerca que nos separa no momento,
É um fundamento dos preconceitos,
Algo que não impede um sentimento,
Por causa de um inverno sem preceitos.
Te roubarei dos braços de Epimeteu,
Numa caixa colorida de esperança,
Estaremos no tempo que nos acendeu,
Sem culpa, sem medo, nessa crença
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 18/11/2014