ÓH MORTE! O QUERES DE MIM...
Por que rejeita minha alma insana
Num descarte doloroso nessa manhã,
Diante dessa brisa que me clama,
Para um contemplar, sem amanhã.
Por que sorri diante das lágrimas que deixo cair,
Marcando minha face nessa dor de sentir,
Como se fosse dono de mim, nesse momento,
Como quem jura, e se perde no esquecimento.
Por que leva meus sonhos nesse balaio invisível,
Deixando a mostra presságios que advim,
Numa demostração do amor que é possível
Acontecer nessa manhã que espera por mim.
Por que leva meu sorriso, desfaz meus desejos,
Por que a água salobra, salgando os beijos,
Que ofertei em dias que nunca esqueci,
Num tempo de morte que ainda não morri.
Por que cerca-me, avizinha sem trégua,
Por que castiga o corpo e não leva a alma,
Nessa dor que arde, nesse rancor, essa mágoa,
De quem não quer a morte, nem vida que acalma.
Óh morte! O queres de mim...
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 14/01/2015