O CORAÇÃO E A PORTEIRA
Hoje eu cheguei até a porteira afoito,
Desejei que ela se abrisse para o mundo,
Ouvia meu coração bater, embora incerto,
Ainda preso ao um sentimento profundo.
A canção da porteira trazia letra indefinida,
Como quem avisa a um garoto desconhecido,
Você pode pensar, embora não ser a hora ainda,
Contenha-se desse mundo doido lhe oferecido.
Como garoto dócil, fiquei no limite do sonho,
Contemplei o horizonte norte, cativei o sul,
Não sabia de minha futura jornada, proponho,
Ainda não entendia os desejos, o céu azul.
A brisa me chamava para o sonho era doce,
A poeira misteriosa indicava o caminho,
Entendia o chamado, mas tudo parecia precoce,
As plumas eram imperfeitas, não podia deixar o ninho.
Mesmo com aperto no peito, fechei a porteira,
Sua canção agora era um choramingo,
Parecia dizer, garoto deixa a baladeira,
Venha conhecer esse mundo, outro amigo.
Derramei minhas lágrimas em suas dobradiças,
Amenizei a canção, aquela música penosa,
Não era ainda tempo, entre outras perícias,
Não se acata fins do coração, essa arma perigosa.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 23/01/2015