A FLOR QUE NÃO SE ABRIU
Esse inverno que finda,
Essa flor que ainda não se abriu,
Este amor que dura ainda,
Esse beijo, esse desejo febril,
Aquele rosto, ilusão que não sorriu.
Você me prometeu um sonho,
Uma realidade presumível,
Agora expiação, marasmo medonho,
Essa dura realidade, possível.
Por que a flor ainda não sorriu,
Nesse inverno que se completa,
Por que teu lábio não abriu,
Nessa dor que não se concerta.
Essa dor não se explica,
As estações são testemunhas,
Você apareceu como quem fica,
Foi embora como as manhãs,
Que abandona a noite sem resposta,
Causando um desalinho aos sonhos,
Que diante da luz dos teus olhos,
Perdem-se no tempo do não tempo,
Dissipando-se como simples pétalas.
Estes olhos que me encantam,
Essa flor que ainda não abriu,
Essa dor que plantam,
Esse caminho de quem nunca viu.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 02/02/2015