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CARONA NOTURNA
Seria sua última carga a ser entregue naquele dia chuvoso, mas ao chegar ao depósito Jorge foi convencido a fazer mais uma viagem na promessa de ganhar um dia a mais de descanso. Jorge aproveitou para fazer um lanche, tomar uma boa dose de café pois a chuva deveria durar a noite toda.
Após aguardar por mais de uma hora a carreta estava carregada, agora era só pegar a nota fiscal da carga e partir. Seria uma viagem de mais ou menos duas horas para ir e o mesmo tempo para voltar, isso não houvesse algum acidente na estrada que era comum em noites de chuvas nessa época do ano.
Jorge buzina enquanto acelera a carreta devagar, o portão automático vai abrindo e mostrando a estrada em meio a neblina que começa a surgir com a diminuição da chuva. Pelos retrovisores Jorge ver o grande portão se fechando, ficando como sua última visão do depósito antes de pegar a estrada. Agora sua solidão é compartilhada com o barulho do motor da carreta que com suas grandes rodas começa a jogar água empoçada no asfalto para os lados.
Apesar de ter passado por essa estrada muitas vezes, Jorge percebe que esta noite está bem diferente, parece mais escura que as outras vezes, a chuva ficou fina, mas não para de cair, fazendo com que o asfalto fique com poças d’águas, dificultando os motoristas que por ventura passem ali naquele momento.
Outra coisa percebida, a estrada parece deserta, sempre tinha um bom fluxo de veículos e isso não estava acontecendo esta noite, algo estava estranho, mas tinha que entregar a carga por mais um dia de descanso, não podia reclamar do acordo feito e para piorar não tinha um ajudante ou outro alguém que o acompanhasse naquela missão.
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Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 12/02/2016
Alterado em 12/09/2016
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