SOZINHO
Como uma presa, que se nega a fuga,
No quarto escuro, de única porta,
Com olhos encardidos, que não juga,
Uma alma morna, quase morta...
Nesse chão frio, que o dia azia,
Nessa sede intensa, fome insossa,
Choro preso, agonia, gritaria...
Como quem deseja e não possa.
Tu não vieste, desagua meus olhos,
Desaparece do quarto escuro, a porta,
A pele fria, arrepio, todos os poros...
Sozinho, não grito, nada importa,
A alma esvai, nesse instante, morta!
Não escuto teu lamento, choros...
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 22/07/2016