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CARNE FRACA
No Brasil a carne é fraca
Tudo aqui é corrupção
Na imprensa tudo emplaca
Sem prova, apenas convicção
Começou na carne de vaca
Mas tem frango com papelão
O peixe também não escapa
Tem mercúrio na composição
Nos rios que riscam o mapa
Cortando toda essa nação
A picanha aqui é vencida
Na linguiça tem carcaça
Essa gente é convencida
E aceitam essa desgraça
Já não basta os agrotóxicos
Sem dimensões nas verduras
Parece que tudo só é negócios
Pra empresários sem lisuras
Esse país não precisa de sócios
Nem de coxinhas com frescuras
Nossa água é impura
Cheia de coliformes fecais
Não tem mais bebida pura
Nem se conhece fiscais
O leite tem soda cáustica
A cerveja milho transgênico
O sabugo será a mágica
Não adianta papel higiênico
Veja isso não tem lógica
É coisa de governo sínico
O nosso azeite aqui é puro
Com óleo de soja inserida
Dizem, extra virgem, juro
Mas é um filho de rapariga
Nosso puro café tem cevada
Mas o preço é de exportação
Tudo é feito de cara lavada
Na frente de todo cidadão
Aqui e ali tem propinoduto
Ali e acolá tem mensalão
Tem internet sem funcionar
Telefone mais caro do mundo
Um analfabeto a legislar
O que tá certo é o submundo
Merenda escolar roubada
Botijão com gás no fundo
Água de açude engarrafada
A justiça num sono profundo
O remédios sem qualidade
A doença dominando tudo
Airbag e carros com defeitos
Bomba de combustível ruim
O recall ainda são mal feitos
A gasolina custa muito dindim
O cartão de crédito é piada
Só se ver muita clonação
Toda máquina é grampeada
Como a senha do cidadão
Tem celular até na prissão
Parece até cheio de figurão
Todos lá são protegidos
E a justiça na contramão
Toda obra é superfaturada
Os carros parece de papelão
Você compra DVD na calçada
Não recebe salário do patrão
Parece que tudo aqui é piada
Tem saques em caminhão
Depois de acidente na estrada
O povo arrasta tudo sem noção
Todo juiz aqui é um semideus
Quem mata é um nobre cidadão
Quem desrespeita cuida dos seus
Não vai nunca para a prisão
As leis não são respeitadas
A quadrilha é de quem faz as leis
O bandido manda na polícia
Criam um tipo de milícia
Depois posam de reis
E a corte é sem garantia
Aqui todo mundo mete a mão
O estado não passa de fútil
Vive de armar o mensalão
E coloca soldado com fuzil
Aqui tudo falta para o pobre
Ninguém tem profissionalismo
Mas no judiciário só tem nobre
A mídia não puro jornalismo
E tudo que é ruim ela encobre
Deixando prá lá o realismo
Quem sabe fica sego e surdo
Prospera o parasitismo
O erro não é um absurdo
Tudo parece fanatismo
Isso sem comprometimento
Reclame e te acusa de comunismo
Dizem tá tudo no planejamento
A ética aqui não é norma não
Política, funcionários públicos
Essa falência até no cidadão
Essa terra é uma grande farsa
Te iludem com a TV e Whatsapp
A carne fraca é uma mordaça
Que a mídia definha em parte
Pra esconder o verdadeiro ladrão
Acho que vou para Marte
Aqui não tem mais solução
O crime aqui está virando arte
E qualquer inocente é ladrão
E a justiça é pura convicção.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 21/03/2017
Alterado em 08/08/2018
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