Desculpa, senti você distante,
Surgiu uma preocupação, um pesar,
Um pensamento desconfortante.
Algo sutil, para se autoanalisar.
Logo, refis meu semblante, os instantes,
Consultei meu coração, em descompasso,
Não era apenas um lamento, o que faço,
Talvez essa alma, em conflito, constante.
Sem razão, nessa aflição, sem limite,
Seja apenas um aviso falso, desse verso,
Que no desespero, tudo gira em reverso,
Nessa distância, que me deleta, me omite.
Não sei, se me comporte, ou me irrite,
Se falo algo, com sentido, ou inverso,
Se choro, lágrimas de lamento, ou grite,
Nessa hora, que só, conspira o universo.
Falo algo, que no momento, não convêm,
Não fique zangado com meus versos, lamento,
Talvez, seja uma fuga do meu ser, que vem,
Nesses dias só, que não converso, momento.
Mas, não quero te aborrecer, com a dor,
Dos meus pesares, os tolos sentimentos,
Também não quero, esse passageiro amor,
Que vem, finge, foge, nesses momentos.
Esse conflito, do eu e de mim, constante, só,
Não e terreno de ninguém, nesse mero tempo,
Que estamos, navegando, no deserto, único, pó.
Tentando fundir-se na lava, nesse contratempo.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 14/06/2017
Alterado em 19/08/2017