DESPEDIDA
DESPEDIDA
Ah! se pudera, essa vida, sim, ser eterna?
Noutros tempos, outro céu, sem a dor,
Me despediria, dessa, que me governa,
Dos falsos beijos, abraços, o falso amor.
Sei, que a vezes, a dor é breve, passageira,
E, que a lápide, fria, que descreve meu nome,
É duradoura, e, as lágrimas derramadas, ligeira,
Que, o verme que me aguarda, ora, me consome.
Mas, mesmo, com os olhos d'água, vermelho,
Com essa face, disputando o tempo no espelho,
Deixaria essa vida, que é apenas, carnal…
Buscaria essa outra, eterna, fábula, sideral…
Deixaria para trás, os olhares, os conselhos,
Navegaria nos mares, do céu, sem sinal?
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 03/08/2017
Alterado em 18/08/2017