CERRADO EM CHAMAS?!

Esta seca, que perdura, o ar, que sufoca,
Este pássaro, que foge, levando seu canto,
É a seca, que o serrado, em chamas, sapeca,
Afasta os seres, que agoniam, em pranto.

Estes talos secos, que ao pisar, cantam…
E estalam, no fogo, que queima incessante,
Uma faísca, que dos seres sem luz, decantam,
Transformando, o cerrado, sem vida, sufocante.

Como conter a fúria, do fogo, que queima?
Como deter a mão, do homem, que teima?
Salvando a vida, toda beleza, fauna e flora…

Que agoniados, sem fuga, por nós, implora?
A consciência, a educação, sem demora,
Em cada ser, que ao cerrado, diz, que ama!