NÃO ÉS BRASILEIRO? POIS, SE ÉS, LUTA!
Se ocultares teu olhar por trás da porta,
Atua em teu país, como piratas e aventureiros,
Não será apenas uma pobre alma morta,
E tão pouco, um bravo brasileiro.
Não és brasileiro?
Pois, se és, luta!
A terra pertence a quem dela cogita,
E mesmo morando aqui, pareces estrangeiro,
Não vês, que tudo é conquistado, com luta,
Eis, que para isso, terás que ser brasileiro.
Não és brasileiro?
Pois, se és, luta!
Levou-se dez anos para a tomada de Coligny,
Em meio à resistência de piratas e corsários,
Num tempo que a bravura era um álibi
Para resistir os invasores dos nossos territórios.
Não és brasileiro?
Pois, se és, luta!
A expulsão da França Antártica e Equinocial,
Era o início da formação do nosso Brasil,
A expulsão dos Holandeses sem aval,
Era a sanção dessa raça de peito varonil.
Não és brasileiro?
Pois, se és, luta!
Pelas pontes de Capibaribe e Beberibe,
Pelos os canais de suas águas puras,
Era uma agitação da restauração da urbe,
Em cada canto, cada esquina, nas ruas.
Não és brasileiro?
Pois, se és, luta!
Era a Insurreição Pernambucana que surgia,
A Batalha do Monte das Tabocas era fato,
Duas Batalhas dos Guararapes se fazia,
Era um tempo de povo brasileiro nato.
Não és brasileiro?
Pois, se és, luta!
Já não bastava a Paz de Haia ser proclamada,
As revoltas já faziam nascer, um povo brasileiro,
Nem a chacina do Capão da Traição, ora tramada,
Pelo poder do ouro na Guerra dos Emboabas.
Não és brasileiro?
Pois, se és, luta!
Nem o esquartejamento de Felipe como lição,
Deixava o povo com medo dos Emboabas,
A Guerra dos Mascates era outra revolução,
Nas terras pernambucanas, noutra jornada.
Não és brasileiro?
Pois, se és, luta!
Agora vemos um país todo acanhado,
Um golpista subornando e alugando deputado,
Uma justiça com palhaços de toga emburrados,
Parecendo que nada aqui é sério, só tramado.
Não és brasileiro?
Pois, se és, luta!
Vamos renascer a luta, honrar o sangue passado,
Não vamos deixar que esses políticos safados,
Corroam nossa nação como ratazanas esfomeadas,
Deixando o povo sem direitos, sem nada.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 27/10/2017