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LÉO PAJEÚ LÉO BARGOM LEONIRES
Poesias e Contos, Sentimentos e Versos, Sonhos e Visões de um Premonitor.
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Textos
MEU VOTO, MEU VETO, #ELENÃO?
 
          Não considero meus amigos aqueles que irão votar em uma pessoa, que por seu discurso de ódio, a favor do porte de arma, da tortura e de grupos de extermínio pode ter causado a morte do meu irmão e tantos outros jovens, se tiver paciência, leia e saiba por que eu tomo essa decisão. Meu Voto, Meu Veto, #EleNão.
         Mito são narrativas utilizadas pelos povos gregos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza, as origens do mundo e do homem, que não eram compreendidos por eles. Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis.
        Ditadura é um regime governamental onde todos os poderes do Estado estão concentrados em um indivíduo, um grupo ou um partido. O ditador não admite oposição a seus atos e ideias, e tem grande parte do poder de decisão. É um regime antidemocrático onde não existe a participação da população. Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985.
          Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar. Entre 1964 a 1969 foram decretados 17 atos institucionais regulamentados por 104 atos complementares. O governo divulgou que seu objetivo era combater a corrupção e a subversão, mas durante o regime militar nasceu vários grupos corruptos liderados por famílias e empresários como a família Sarney, Calheiros, Maluf, Anões do Orçamento, entre outros que perpetuaram até os dias de hoje.
        Para piorar um pouco nos anos 80 e 90, os grupos de extermínio continuam suas facetas, grupos esses criados durante o regime militar, formados por policias militares das forças armadas, das forças auxiliares (PM e Bombeiros) e policiais civis, geralmente por aqueles que cometiam delitos e crimes, era uma justificativa para se manterem inseridos e fazendo o serviço sujo, para atender interesses de oficiais superiores, políticos e empresários.
          O papel da imprensa era interessante, dava cobertura para casos de homicídios, mas hoje em dia tem matérias jornalísticas, que passam a tarde inteira mostrando fatos parecidos. A facilidade que os grupos de extermínio tinham parece que continuava. E para piorar mais, agora não são compostos somente por policiais militares, eles começam a terceirizar a operação para que civis matem. Alguns viram políticos. A maioria deles, no entanto, morre. Esses grupos cresceram e ainda está ligado a políticos, agora ocupando as capitais e cidades com grande população em todo país.
          O matador que surge agora não é mais um mero militar. Ele está preso na estrutura militar ou é o intermediador do grande negócio, que agora gira dinheiro, muito dinheiro, vindo das drogas e de desafetos pessoais e políticos, como é o caso Mariele e tantos outros pelo país. Os matadores chegaram ao poder. Essa autonomização pela Polícia Militar deixando, que os civis também matem, permite trajetórias bem-sucedidas na política dos grupos de extermínio em todo território nacional.
          Houve a época que surgiu o Mão Branca, que eram vários grupos de extermínio, atribuindo essas mortes a um único grupo. Mas Mão Branca era um mito, uma ficção e que eliminava na sua grande maioria, pessoas negras e pobres das favelas espalhada nas cidades grandes. É o elemento de preconceito, de discriminação racial, mas sempre naquela lógica: "Estamos matando quem não presta, gente ruim. Bandido bom é bandido morto". A mãe que chora por seu filho, que está morto, diz que o filho nunca cometeu nenhum delito, que era uma pessoa honesta e boa, o que dizer por trás disso, que se fosse bandido até merecia morrer.
         Na realidade, o ‘mão branca’ nunca deixou de existir, as polícias sempre tiveram grupos de extermínio e sempre vão ter, queiram apelidar da forma que for. Em geral, os seus integrantes são políticos, membros do Poder Judiciário, policiais civis e militares e são mantidos, via de regra, por empresários. Uma vez ou outra você fica sabendo, que um policial é condenado por homicídio duplamente qualificado, abuso de autoridade e violação de dever inerente ao cargo, mas a verdadeira face do crime se mantém em segredo por estas instituições.
          Como resquício da ditadura, os grupos de extermínio surgiram fortes no final dos anos 70 e na década de 80, dentre eles o “CRAVO VERMELHO”, “BOMBRIL” E “MÃO BRANCA” destacam-se na mídia pelo número de criminosos mortos e pelos recados deixados junto aos corpos. Os grupos se distinguiam pela forma de registrar as mortes: ou deixavam um cravo vermelho, uma esponja de Bombril ou recados com recortes de jornais, que sempre caracterizavam e diferenciavam um grupo do outro. Centenas de criminosos foram condenados sumariamente à pena de morte. Alguns participantes desses grupos chegaram a ser presos, como os policias militares, na virada de 70/80, no famoso “Caso Angueretá”, os policias civis e federal no “Caso da Braquiara” e posteriormente policiais civis e outros criminosos no “Caso Torniquete”.
          Os réus foram acusados de assassinar Antônio Carlos Silva Alves, portador de deficiência mental, em outubro de 2008. Na época do crime, a vítima tinha 31 anos. Alves foi encontrado com a cabeça decapitada, as mãos decepadas e um corte na barriga em forma de cruz.
          Um grupo de extermínio formado por policiais do 37º Batalhão da PM em São Paulo ficou conhecido como ‘Highlanders’. O nome é uma alusão ao filme estrelado por Christopher Lambert e Sean Connery na década de 80, em que guerreiros cortavam a cabeça de seus inimigos. Segundo a polícia, a cabeça e as mãos das vítimas eram cortadas pelos policiais para dificultar a identificação.
          Jair Bolsonaro fez veemente defesa dos crimes de extermínio por grupo que cobrava R$ 50 para tirar a vida de jovens da periferia.
Em 12 de agosto de 2003, o deputado Jair Bolsonaro foi ao microfone do plenário da Câmara dos Deputados e fez veemente defesa dos crimes de extermínio. Exaltados como solução para a política de segurança a ser adotada no Rio de Janeiro. O motivo para a apaixonada defesa era a ação de um esquadrão da morte que vinha aterrorizando a Bahia desde o início daquela década. Deu boas-vindas aos foras da lei, mesmo reconhecendo a ilegalidade.
          A Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo revelou que a fala do deputado omitiu a motivação econômica, que movia a razão de ser dos criminosos, munidos com carteira do estado: um grande negócio travestido de combate ao crime.
          Diz em discurso o Deputado Jair Bolsonaro - “Quero dizer aos companheiros da Bahia — há pouco ouvi um parlamentar criticar os grupos de extermínio — que enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo. Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio, porque no meu estado só as pessoas inocentes são dizimadas. Na Bahia, pelas informações que tenho — lógico que são grupos ilegais —, a marginalidade tem decrescido. Meus parabéns”!
          “Mas não matavam só bandidos. Matavam inocentes também. As coisas começaram a complicar para os policiais, quando eles começaram a matar gente, que não era da periferia, como o Thiago Xavir Stéfani, filho de uma diretora de escola. Começaram a matar indiscriminadamente, a fazer justiça com as próprias mãos. Se sentiam acima da lei. A própria omissão da polícia favoreceu isso”.
         Então muitos jovens, assim como meu irmão, foram vítimas dessas crias da ditadura, que por casos banais, um namoro com filhas de policiais, casos de adultérios de suas esposas, ou por disputas de mulheres, como foi o caso do meu irmão, eles saiam matando quem bem quisesse, depois era fácil, providenciavam uma ficha suja para encobrir seus crimes bárbaros, além dos crimes bárbaros que cometiam, os crimes, que hoje os enquadrariam na ‘Lei Maria da Penha”, era comum, mas a punição era ficar preso nos quarteis, tirando algum serviço e contando vantagens, vi muito isso, fui militar e durante meu serviço militar tive que vigiar, fazer escolta desses grandes cidadãos da pátria, acabei junto com outros colegas fazendo um pedido coletivo de baixa, muitos já não aguentava ver as atitudes autoritárias e os crimes sendo jogados para debaixo do tapete.
          Outro fato que infelizmente estava presente foi quando a Inglaterra invadiu as Ilhas Malvinas, aqui em Brasília se encheu de Generais, Brigadeiros, Coronéis fugindo da Argentina e acobertado por nossos ditadores, fugindo com medo de morrer os pobres coitados e tivemos que resguardar essa corja, que se cagaram de medo de uma guerra (os Argentinos será que sabem disso), que depois, alguns foram condenados por torturas e assassinatos em seu país, aqui no momento, temos um desses loucos sendo candidato a Presidente e admirado como mito por fanáticos religiosos e bárbaros sanguinários, que todos dias fazem vítimas pelos cantos do Brasil.
 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 19/10/2018
Alterado em 19/10/2018
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