ÁGUAS NEGRAS DA SOLIDÃO
Meu coração é timoneiro,
Mas, a razão é meu arrais,
A paixão é dor sem jeito,
Mas, o amor é meu anais,
Se sou ilusão, pluma leve,
Não tens a mim, insinuais.
Essa tua fictícia insinuação,
Qual, me procuras no vento,
Como, quem se atreve, só,
Vagar no deserto cinzento,
Olhos perdidos, sem rumo,
Encharcados em lamentos.
Meu coração é terreno baldio,
Te preveni, em tuas intenções,
Não carrego comigo um castelo,
Como carregadas nas ilusões,
Apenas, navego leve, sem norte,
Nas águas negras da solidão.