VELEIRO DO TEMPO
Quando assustado segurava a vela,
Enquanto minha avó partia ao além,
Num tempo que não entendia nada,
De tudo, da vida, sonho, era aquém,
O olhar assustado, penumbra e luz,
A morte falando, não fica ninguém.
Comecei saber o valor que se tem,
Um ser humano nesse mundo ateu,
Que pregam e falam aos Deuses,
Mas, não sabem a essência do eu,
Cada um ambiciona sua história,
Como se fosse glória ser tudo seu.
Hoje vejo, que saber da vida, sonho,
É sobreviver a ganância capitalista,
A morte andando ao lado, parceira,
Carregando almas como conquista,
Essência humana não é conhecida,
Na barbárie cruel dos extremistas.
Léo Pajeú