SETE SINAIS
Vejo que o sono não chega,
Claro e escuro, vagam em mim,
Essa inversão, me aconchega,
O tempo, desequilíbrio, enfim.
Sou privado do descanso,
A serotonina não é sintonia,
Meu sorriso cai em remanso,
Não sei, quando é noite, é dia?
Minha personalidade inerente,
Provoca sofrimentos infindos,
Essa insatisfação aparente,
Parece-me, pesadelos, reunidos.
O alimento já não me satisfaz,
Essa incapacidade, esse prazer,
Fisiologicamente, já não é capaz,
Já foge de mim, o hábito de comer?
Minhas frustrações, prevalecem,
Não tenho critérios, só obsessão,
Tenho sensações, desfalecem,
O corpo, a alma, é compulsão.
Meu sorriso largo de euforia,
Contesta a tristeza, oscilação,
Persistindo minha antipatia,
É limitante, minha realização.
Aí, sozinho, me cerco de tudo,
Acredito, que não é armadilha,
Isolado, seguro, não mudo...
Socialmente, não sou família.